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CASO:Tragédia com Chapecoense UMA TRAGEDIA OU NEGLIGENCIA HUMANA?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016



Após a tragédia com o avião que levava Chapecoense e jornalistas, a companhia aérea Lamia entrou na mira das autoridades bolivianas.
Suspeita de voar sem seguir os protocolos de segurança, a empresa teve suas operações suspensas menos de 72 horas após o acidente na Colômbia.
A pane seca é apontada pelas autoridades locais e especialistas como a causa mais provável do acidente que matou 71 pessoas na terça-feira.
A falta de combustível teria levado à pane elétrica nos motores, que acabaria por derrubar a aeronave a apenas cinco minutos do aeroporto de Medellín.
A imprensa local informou que o piloto, Miguel Quiroga, havia sido alertado antes de decolar do aeroporto boliviano de Santa Cruz do risco da falta de combustível para completar a viagem.
O piloto teria a opção de reabastecer em Bogotá, segundo as autoridades, mas decidiu continuar até Medellín.
A gravação do diálogo entre ele e a torre de controle do Aeroporto José María Córdoba mostra que Quiroga comunicou uma emergência por combustível às 21h57 (horário local) e, oito minutos depois, uma "pane elétrica".
Para o secretário nacional de Segurança Aérea da Colômbia, coronel Freddy Bonilla, ele demorou a usar a palavra "emergência".
Além de piloto, Quiroga era também um dos sócios da LaMia, companhia aérea que tinha apenas 15 funcionários - entre parentes e amigos. A aeronave que caiu, de fabricação britânica, era a única operacional na frota da empresa e tinha 17 anos.
Indenizações em xeque
De acordo com a Convenção de Montreal, tratado internacional assinado em 1999, as companhias aéreas são as responsáveis presumidas legais por acidentes aéreos - e, consequentemente, sujeitas ao pagamento de indenizações.Mas, se for confirmada a pane seca, os familiares das vítimas correm o risco de não serem indenizados.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a apólice de seguro contratada pela Lamia teria duas cláusulas de exclusão que eximiriam a companhia aérea de pagar indenização em caso de negligência ou omissão do piloto.

ImagecopyrightEPAImagecaptionVítimas do acidente são veladas em Medellín
Mesmo que isso não aconteça, a apólice de seguro da companhia pode não ser suficiente para cobrir os possíveis custos da indenização.
Conforme mostrou reportagem da BBC Brasil, a única apólice conhecida da empresa para acidentes é de US$ 25 milhões (R$ 85 milhões) - valor que poderá ser dez vezes menor que o total esperado para indenizações desse tipo.
As duas caixas pretas do avião foram encontradas em perfeito estado e serão enviadas para análise no Reino Unido. A investigação, que vai confirmar as causas do acidente, pode levar meses.
Investigação ampla
A companhia aérea não é a única, no entanto, que está na mira das autoridades. O governo também determinou a suspensão de executivos da Aasana e da Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) durante as investigações.De acordo com o ministro Milton Carlos, a ideia é dar início a uma apuração "que investigue não só as empresas mas, todo o sistema de tráfego aéreo" do país.

ImagecopyrightREUTERSImagecaptionMilhares de torcedores da Chapecoense homenagearam o time na Arena Condá, em Chapecó
Acidente
Na madrugada de terça-feira, o avião com a equipe da Chapecoense caiu a 50 km da cidade colombiana de Medellín. Ali o time jogaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.Das 77 pessoas a bordo, 71 morreram e outras seis sobreviveram.

O governo boliviano, por meio do ministro de Obras Públicas, Milton Claros, anunciou neste domingo (04) que dará início a um processo contra a empresa LaMia, responsável pelo voo que levava o time da Chapecoense de Santa Cruz de la Sierra a Medellín, na Colômbia, e sofreu acidente que vitimou 71 pessoas.Será dado início também, segundo Claros, a uma investigação na empresa para verificar sob qual situação a Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) boliviana concedeu à LaMia a autorização para prestar serviços aéreos. O ministro adiantou, de acordo com o jornal local El Deber, que há indícios de descumprimento de deveres, tráfico de influências e omissão de denúncia. 
"Nos chama poderosamente a atenção que exista relação entre servidores e esta companhia", disse, referindo-se à relação de parentesco existente entre um ex-diretor da DGAC e o dirigente geral da LaMia, Gustavo Vargas Gamboa. "Vamos chegar ao fundo deste assunto, saber que tipo de relação daí decorre, e vamos iniciar as ações penais e civis correspondentes. Nós, enquanto governo, estamos entrando com processo contra a empresa LaMia e algum de seus funcionários."
A investigação terá como focosócios e diretores da companhia aérea, além de uma análise de suas contas. O ministro de Obras Públicas estipula prazo de dez dias para que o DGAC apresente os laudos que o levou a certificar a LaMia como apta a voar. 
Informações preliminares apontam para suposta negligência da companhia aérea. Segundo áudio do próprio piloto, a aeronave que levava a Chapecoense apresentou falhas elétricas, por isso não conseguiu pousar. Um dos possíveis motivos do desastre seria a falta de autonomia de combustível.

COLUNISTA
RENATA SOUZA


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