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MANIFESTAÇÕES NO BRASIL HOJE!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016



Os grupos que se mobilizaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff voltam às ruas neste domingo em uma convocatória nacional para manifestações que acontece pela primeira vez sob o Governo Temer. O Planalto não é o alvo principal do Vem pra Rua e do MBL (Movimento Brasil Livre), mas os aliados do Governo no Congresso e o presidente do Senado, Renan Calheiros, sim. A pauta principal é protestar contra as mudanças feitas na Câmara no pacote anticorrupção e defender as investigações da Operação Lava Jato.

No Brasil é muito comum associarmos a corrupção aos políticos: deputados, senadores,

vereadores, prefeitos etc. Não é à toa, afinal de contas quase todos os dias os jornais e a TV

apresentam denúncias do uso de recursos públicos e verbas para o favorecimento pessoal. 

CONCEITO DE CORRUPÇÃO

Um ato de corrupção é caracterizado pela presença de, no mínimo, três tipos de atores sociais

distintos: o corruptor, o representante e os representados. Os representados são os cidadãos que

possuem direitos e deveres, ou que acessam determinados serviços públicos, como qualquer

outra pessoa e de acordo com as leis vigentes; o representante é o funcionário público ou

detentor de cargo político, os quais competem certos comportamentos que são ignorados ou

alterados nos casos de corrupção; por fim, o corruptor, é o cidadão que interfere em um

processo democrático ou burocrático rotineiro, para obter alguma vantagem por meio de alguma

espécie de acordo com o representante. Nesse jogo de favorecimento mútuo entre o corruptor e

o representante (por definição, um funcionário público ou um detentor de cargo eletivo

corrupto) quem sai perdendo são sempre os demais representados - os cidadãos, contribuintes

ou consumidores - que vivem a vida cotidiana de acordo com as leis vigentes.

A relação entre o representante e o corruptor pode assumir diversas formas: em uma versão

mais branda implica o representante público agir de maneira a favorecer o corruptor sem

necessariamente subverter suas funções no Estado (como, digamos, "acelerando" a emissão de

um documento em troca de favores diversos ou vantagens monetárias); em suas formas mais

radicais, a corrupção é caracterizada pelo representante excedendo suas funções normais em

troca de favores como no caso hipotético de um prefeito usar sua influência política para

favorecer um empresário em uma licitação. Seja qual for a forma de corrupção analisada,

convém salientar que normalmente esses atos não são cometidos por apenas um tipo de pessoa:

o desvio de comportamento do representante público está, na maioria das vezes, relacionado

com os esforços de uma pessoa para obter benefícios de forma distinta dos demais cidadãos de

sua cidade, estado ou nação. Ou seja: normalmente, o ato de corrupção apresenta-se como uma

ação entre dois tipos de atores sociais, de forma a utilizar o sistema de forma atípica ou ilegal,

para obter vantagens particulares.

IMPUNIDADE

Um dos principais problemas que dificultam o combate à corrupção é

a cultura de impunidade ainda vigente no país, apontada inclusive pelo Comitê de Direitos

Econômicos, Sociais e Culturais da ONU em maio de 2009. A justiça é morosa, e aqueles que

podem pagar bons advogados dificilmente passam muito tempo na cadeia ou mesmo são

punidos. Além disso, o fato de os políticos gozarem de direitos como o foro privilegiado e

serem julgados de maneira diferente da do cidadão comum também contribui para a

impunidade. Da mesma forma manifestou-se o então presidente do STF Joaquim Barbosa, em

discurso feito na Costa Rica em maio de 2013. Segundo Barbosa, uma das causas da

impunidade no Brasil seria o foro privilegiado para autoridades. Defensores do foro

privilegiado, todavia, alega que sua extinção poderia tornar ainda mais morosa a tramitação de

processos judiciais contra autoridades, e influências políticas de todo tipo sobre juízes

de primeira instância.  Em estudo divulgado pela Associação dos Magistrados

Brasileiros (AMB), foi revelado que entre 1988 e 2007, isto é, um período de dezoito anos,

nenhum agente político foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Durante este

tempo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou apenas cinco autoridades. Esta situação

começaria a mudar em 2013, quando 12 condenados na Ação Penal 470 foram levados à prisão

sob variadas acusações de suborno e corrupção. Todavia, após ter sido transformado num

espetáculo midiático, o "julgamento do Mensalão" passou a ser contestado, inclusive por

importantes personalidades do mundo jurídico brasileiro, que enxergaram nele sinais de um

julgamento de exceção (ou pelo menos de um erro judiciário).

A Lei Anticorrupção é a denominação dada à lei nº 12.846/2013. Uma lei ordinária de autoria

do poder executivo que trata da responsabilização objetiva administrativa e civil de empresas

pela prática de atos contra a Administração Pública, nacional ou estrangeira.
Com a segurança reforçada, milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo e empunhando bandeiras do Brasil se reuniram hoje (4) em cerca de 200 cidades, de acordo com os organizadores, entre elas Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O protesto é em defesa da OperaçãoLava Jato e contra o pacote de medidas anticorrupção aprovado com modificações pela Câmara dos Deputados na madrugada do dia 30 de novembro. 
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, na Esplanada dos Ministérios até as 11h15 entre 4 e 5 mil pessoas participavam pacificamente do protesto, previsto para ser encerrado às 13h. Para os organizadores, são mais 15 mil manifestantes. Entre os movimentos que convocaram os protestos, estão o Vem pra Rua e o Avança Brasil.
As manifestações estão permitidas apenas no gramado da Esplanada dos Ministérios, a partir da Catedral de Brasília até a Avenida das Bandeiras, mas alguns manifestantes conseguiram chegar próximo ao espelho d'água do Congresso Nacional, onde espalharam desenhos de ratos, simbolizando, segundo eles, os políticos.


Manifestantes desenharam ratos simbolizando os políticosMarcello Casal Jr/Agência Brasil)
Trânsito
Desde as primeiras horas da manhã, estão restritos o acesso à área da Praça dos Três Poderes, onde fica o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, além dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores. O trânsito foi interrompido a partir da Rodoviária. O acesso as vias N1 e S1, atrás dos Ministérios, também foi proibido.
A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal montou um forte esquema de segurança e retomou as revistas na Esplanada, após os incidentes do último dia 29, durante os protestos contra a PEC dos Gastos, quando houve confronto entre manifestantes e policiais.
efetivo de policiais militares é de 1,5 mil homens, conforme informou antes das manifestações o Governo do Distrito Federal (GDF). O esquema conta ainda com agentes do Detran e bombeiros. A Polícia Civil informou que todos os departamentos estarão em funcionamento. A 5ª Delegacia de Polícia (DP) teve o plantão reforçado e, se necessário, a 1ª DP também vai receber ocorrências, além do Departamento de Polícia Especializada.
As forças de segurança orientaram os manifestantes a não cobrir o rosto, não usar guarda-chuva (se chover utilizar capa), não portar objetos cortantes ou garrafas de vidro. É recomendado ainda ter um documento de identificação e evitar celulares e objetos de valor. A polícia pede também que se foram identificados grupos com intenção de tumultuar os protestos que as autoridades sejam informadas.
A maioria dos manifestantes portava faixas contra o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL)  e cartazes com frases como "Somos todos Sérgio Moro", "Fora Corrupção", "Estamos de olho: a Lava Jato não será sabotada", "Fim do foro privilegiado" e "Pressa do julgamento de políticos no STF".
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, centenas de pessoas se aglomeraram nos cerca de 800 metros que separam os postos 4 e 5 da Praia de Copacabana, em manifestações contra a decisão da Câmara dos Deputados de aprovar, com alterações, a proposta de emenda à Constituição (PEC), de autoria popular e que reuniu 2,5 milhões de assinaturas, com 10 medidas de combate à corrupção.
O protesto na cidade atendeu convocação do Movimento Vem pra Rua, Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj) e Associação do Ministério Público do Estado (Amperj). Na avaliação dessas entidades, "a manifestação é uma oportunidade para que todos se juntem contra  a responsabilização criminal de juízes e membros do Ministério Público".
Durante o ato, centralizado nas ruas Miguel Lemos, Xavier da Silveira, Bolívar e Barão de Ipanema, os manifestantes gritavam palavras de ordem e osgtentavam slogans em cartazes e bandeiras, entre eles "Diga não a esse absurdo. O que o povo pedia? Prisão aos corruptos! O que eles entregaram? Prisão a juízes e promotores", "Podem até calar a Justiça, mas não podem calar a voz do povo", além de palavras de ordem como "Fora Renan", "Fora Maia" e "Viva Moro" e "Viva Marcelo Bretas", em alusão aos juízes que iniciou a Lava Jata e determinou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral. 
Salvador
Em Salvador, manifestantes da sociedade civil e do Movimento Vem Pra Rua Bahia também realizaram hoje um ato contra a corrupção no Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos da capital baiana.
Os organizadores convocaram os participantes pelas redes sociais e protestaram nas ruas contra a Lei do abuso de autoridade dos juízes, em defesa das 10 medidas contra a corrupção, pela saída do presidente do Senado, Renan Calheiros, pelo apoio à Operação Lava Jato e pelo fim do foro privilegiado de políticos.
“Na situação em que o Judiciário avança na punição dos corruptos, através de julgamentos e observando o devido processo legal, os parlamentares se unem, na calada da noite, para criminalizar essa atividade do Judiciário e dos membros do Ministério Público. O que eles querem, na verdade, é que cada juiz, cada promotor, cada procurador deste país tenha medo de investigar e de julgar”, comentou o juiz federal e presidente da Associação de Juízes Federais da Bahia, Fábio Ramiro, que também esteve na movimentação deste domingo.


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