Muito
se fala na alta do
dólar, que está no seu maior patamar em 12 anos. O principal
motivo foi o enfraquecimento do real contra a maior parte das moedas do mundo e
a valorização do dólar no mercado internacional, pelo ceticismo quanto ao
futuro na economia global.
No
gráfico abaixo, foi realizado um comparativo do real contra algumas das
principais moedas no mundo, e pode-se perceber que, o real se desvalorizou
frente a todas, especialmente contra o dólar e o yuan – as divisas das duas
maiores economias do planeta, Estados Unidos e China, respectivamente. Esse
processo se intensificou no primeiro trimestre de 2015, onde concomitantemente
com a crise
política interna, a expectativa de default da dívida grega
fez com que a demanda por ativos fortes, como o dólar,
intensificasse o processo.O que poucas pessoas desconhecem é qual a influência
da elevação da moeda norte-americana na economia brasileira. Afinal:
Alta do dólar e os impactos na economia brasileira.
Quem ganha com a alta do dólar:
·
Setor de exportação –
isso porque os produtos brasileiros ficam mais baratos e competitivos no exterior,
uma vez que para um importador estrangeiro, o real fica mais barato frente ao
dólar;
·
Turismo interno –
pelo fato de as viagens ao exterior ficarem caras, as pessoas tende a realizar
passeios pelo próprio território mesmo;
·
O comércio nacional –
por conta dos produtos estrangeiros estarem mais caros, se torna menos atraente
a compra fora do país e os consumidores acabam optando pela compra de produtos
nacionais;
·
Turistas estrangeiros –
pela desvalorização do real, eles podem consumir e injetar dinheiro na nossa
economia.
É
importante ressaltar que mesmo para o setor de exportação, que tende a se beneficiar mais do que os
outros, não tem visto muita vantagem, uma vez que a inflação está muito alta e
acaba gerando um problema de competitividade da própria economia
brasileira –
além de não estar fácil a venda para os outros países.
Quem perde com a alta do dólar:
·
As viagens ao exterior –
como dito acima, os turistas acabam optando por viagens dentro do território
nacional, já que fica difícil multiplicar passagens, hotéis, compras, por três;
·
As compras de produtos importados – pelo câmbio
elevado, os brasileiros deixam de realizar compras no exterior, pelo preço
estar equivalente, ou até mesmo maior do que se comprar no Brasil;
·
O aumento dos preços –
muitos componentes são importados e a moeda mais utilizada é o dólar americano.
Dependendo de quanto o dólar subir, esse aumento de preços poderá se tornar
generalizado, elevando a inflação. Nesse sentido, o IGP-M, utilizado
geralmente para reajuste de aluguéis, sofre rapidamente e com mais intensidade
os efeitos do aumento do dólar do que IPCA, outro importante índice de inflação;
·
Empresas de grande porte e o governo federal – muitos deles tem
suas dívidas cotadas em dólar, logo com o aumento deste, o custo da dívida e o
montante aumentam proporcionalmente.
Uma
dica aos turistas que devem ir ao exterior ainda neste ano, é evitar o uso de
cartão de crédito, pois além do IOF altíssimo (6,38%) que incide sobre a
aquisição de determinado produto, a taxa de câmbio utilizada é a do dia do
faturamento, ou seja, não aquela que constava anteriormente na hora da compra.
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